VITAMINA E
Sinônimos: tocoferol. Em verdade são oito substâncias semelhantes reunidas sob o nome de tocoferóis.
Dose diária recomendada: 10 a 30 UI.
Principais funções: Inicialmente, era tida como
a vitamina da fertilidade sendo indicada para tratar a impotência
sexual. Para desilusão de alguns, isso nunca foi comprovado.
Em animais (ratos) a falta de vitamina E
provoca alterações neurológicas degenerativas da medula. Em humanos a
falta de vitamina E provoca alterações neurológicas como diminuição dos
reflexos, diminuição da sensibilidade vibratória, da propriocepção e
oftalmoplegia. As dificuldades visuais podem ser agravadas pela
retinopatia pigmentar também provocada pela falta de vitamina E.
Não existem provas que demonstrem ser a
vitamina E de utilidade no tratamento de distúrbios menstruais,
vaginites, alterações de menopausa, toxemia gravídica e dificuldades
reprodutivas.
A vitamina E ajuda no tratamento de miopatias necrosantes, mas não é útil no tratamento da distrofia muscular.
Os tocoferóis agem como antioxidantes,
protegendo as células dos efeitos nocivos das substâncias tóxicas,
principalmente dos radicais ácidos. Atualmente, admite-se que protegem
do câncer, da arteriosclerose, das inflamações articulares e das
complicações do diabete, por bloquearem as modificações oxidativas das
lipoproteínas de baixa densidade. É discutível se doses altas de
Vitamina E exerçam algum benefício na prevenção de doenças
cardiovasculares. Existem observações em que foram administrados 400
UI/dia de Vitamina E em pacientes portadores de doença isquêmica do
coração. Nesse grupo, a incidência de um infarto do miocárdio foi
reduzida para a metade, mas a vida média essas pessoas não foi
prolongada. Um outro estudo mostrou que, em pacientes submetidos à
diálise renal, por serem portadores de insuficiência renal crônica, a
incidência de mortes por doença do coração caiu para a metade do
esperado quando lhes foi administrada a Vitamina E. Já num estudo
realizado na Itália, na mesma situação clínica, não se verificou uma
mudança significativa da incidência de doenças cardiovasculares ao lhe
administrarem altas doses de Vitamina E. No entanto, o número de mortes
por causas cardíacas foi significativamente menor.
Manifestações de excesso: A vitamina E mesmo em
altas doses não é tida como tóxica, mas, se ingerida em excesso, pode,
eventualmente, competir na absorção e reduzir a disponibilidade das
outras vitaminas lipossolúveis, além do ferro dos alimentos, e, assim,
colaborar para o desencadeamento de anemias. Observou-se ainda que altas
doses de Vitamina E aceleram a progressão de retinite pigmentosa.
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