VITAMINA B12
Sinônimos: cobalaminas, hidroxicobalamina, cianocobalamina
Doses diárias recomendadas: 6 ug/dia. Os níveis
de vitamina B12 no sangue podem ser medidos e assim fazer um
diagnóstico de carência ou não.
Principais funções: Essencial para o
crescimento de replicação celular. Importante na formação das hemácias
(os glóbulos vermelhos do sangue).
Principais fontes: Carne e fígado. É também
produzida pela flora do intestino grosso, mas lá não é absorvida. A
absorção se dá no intestino delgado depois dela ter sido ativada no
estômago aonde chega com a ingestão de alimentos. A vitamina B12
necessita do chamado "fator intrínseco", existente nos estômagos
normais, para ser absorvida. A vitamina B 12 formada nos intestinos, por
não ter sido ativada pelo fator intrínseco quase não é absorvida.
Cerca de 12% das pessoas com mais de 65 anos
apresenta níveis plasmáticos de cobalamina menor do que 258 pmol/L
decorrentes de uma menor absorção da vitamina B12. Níveis baixos dessa
vitamina estariam associados com um maior risco de câncer e de doenças
vasculares.
Os vegetais, per se, não contêm vitamina B12,
isso poderia levar os vegetarianos a apresentarem a sua falta. Contudo
isso nem sempre acontece porque bactérias contaminantes dos vegetais ou
mesmo as do trato intestinal, agindo sobre os restos desses vegetais,
formam a vitamina B12 e, assim, suprem parcialmente o organismo daqueles
que não ingerem carne, fígado, ovos ou leite e seus derivados.
Manifestações de carência: anemia macrocítica
ou perniciosa é a principal manifestação. Existem evidências de que
níveis baixos de vitamina B12 estariam associados a uma maior incidência
de doenças vasculares e cancerosas. Células de regeneração e replicação
rápida (mucosas e epitélio cervical uterino) também se ressentem da
falta de vitamina B12.
A carência de vitamina B12 é comum em pessoas
operadas do estômago quando foi retirada a parte que produz o fator
intrínseco responsável pela absorção da vitamina B12. São propensos a
apresentarem manifestações de falta de vitamina B12 os vegetarianos
restritos (que não ingerem carnes, ovos, leite e seus derivados), os
portadores de parasitoses intestinais, as pessoas operadas do pâncreas,
os portadores de doenças inflamatórias crônicas dos intestinos e os
idosos.
As deficiências de vitamina B12 podem provocar
lesões irreversíveis do sistema nervoso causadas pela morte de
neurônios.
Os sintomas neurológicos são os mais variados e decorrem da morte ou
perda de função das células atingidas nos mais diferentes setores do
cérebro e medula. As alterações neurológicas podem acontecer mesmo não
havendo ainda anemia.
ÁCIDO PANTOTÊNICO
Sinônimos: Coenzima A.
Doses diárias recomendadas: estimada em até 10
ug. É difícil determinar a dose mínima diária necessária por serem os
estados carenciais praticamente desconhecidos.
Principais funções: atua no metabolismo da maioria das células, na
produção de hidratos de carbono, proteínas e lipídios. Interfere na
produção de energia dentro das células e na produção de hormônios.
Principais fontes: carnes, ovos, frutas, cereais e verduras, sendo encontrada, praticamente, em todos os alimentos.
Manifestações de carência: são muito raras. As
carências podem ser produzidas experimentalmente com alimentos
artificiais, pelo uso de alguns antibióticos, nesses casos surgem
cansaço, distúrbios do equilíbrio e do sono, cãibras e distúrbios
digestivos, como flatulência e cólicas abdominais. Pessoas com dietas
normais não têm carência de ácido pantotênico.
Manifestações de excesso: o excesso de ingestão
(mais de 10 a 20 mg/dia) pode provocar diarréia. Como acontece com as
demais vitaminas hidrossolúveis, os excessos são eliminados pelos rins,
na urina.
NIACINA E NIACINAMIDA (FATOR PP)
Sinônimos: ácido nicotínico e niacinamida e fator PP. Também denominados de vitaminas da inteligência.
Doses diárias recomendadas: 15 mg.
Principais funções: influencia a formação de
colágeno e a pigmentação da pele provocada pela radiação ultravioleta.
No cérebro, a niacina age na formação de substâncias mensageiras, como a
adrenalina, influenciando a atividade nervosa.
Principais fontes: carnes e cereais. Origina-se
do metabolismo do triptofano: 60 mg de triptofano produzem 1 mg de
Niacina. As pessoas que se alimentam principalmente à base de milho são
propensas a manifestações de carência de Niacina por ser o milho muito
pobre em triptofano.
Manifestações de carência: a doença dos 3 "D",
composta por Diarréia, Demência e Dermatite. A língua pode apresentar
cor avermelhada, ulcerações e edema. Pode haver salivação excessiva e
aumento das glândulas salivares. Podem aparecer dermatites parecidas com
queimaduras de pele, diarréia, esteatorréia, náuseas e vômitos. No
sistema nervoso, aparecem manifestações como cefaléia, tonturas,
insônia, depressão, perda de memória e, nos casos mais severos,
alucinações, demência e alterações motoras e alterações neurológicas com
períodos de ausência e sensações nervosas alteradas.
Manifestações de excesso: a Niacina não costuma
ser tóxica, mesmo em altas doses, mas pode provocar coceira, ondas de
calor, hepatotoxicidade, distúrbios digestivos e ativação de úlceras
pépticas.
Observação: a denominação PP significa Previne
Pelagra, manifestação encontrada principalmente em alcoólatras de
destilados quando mal-alimentados.
ACIDO FÓLICO
Doses diárias recomendadas: 0,2 mg para
crianças e 0,4 mg para adultos. É imprescindível para mulheres antes da
concepção e no primeiro mês da gravidez a fim de evitar doenças
congênitas da criança, como anencefalia e espinha bífida.
A dieta habitual contém em torno de 0,2 mg de
ácido fólico. O cozimento prolongado dos alimentos pode destruir até 90%
do seu conteúdo em ácido fólico.
Principais funções: Atua em conjunto com a
vitamina B12 na transformação e síntese de proteínas. É necessária na
formação dos glóbulos vermelhos, no crescimento dos tecidos e na
formação do ácido desoxiribonucleico, que interfere na hereditariedade.
O ácido fólico tem um papel na prevenção de
doenças cardiovasculares, principalmente nos portadores de distúrbios
metabólicos em que há um aumento da hemocisteína no sangue, onde atua
como redutor dessa substância tóxica.
O ácido fólico sintético seria mais bem
absorvido pelo organismo humano, um dado apregoado principalmente pela
indústria farmacêutica.
A literatura médica chinesa apregoa que o ácido
fólico teria um efeito de prevenção do câncer de estômago. Existem
autores que sugerem ser o ácido fólico preventivo para o câncer de
intestino grosso e colo de útero.
Quanto ao câncer, sua etiologia e prevenção,
não existe unanimidade entre os autores. Há defensores de idéias que
podem representar vaidades individuais ou interesses comerciais.
Principais fontes: Carnes, verduras escuras,
cereais, feijões e batatas. Um copo de cerveja, de 200 ml, contém 0,06
mg de ácido fólico.
Manifestações de carência: A manifestação
principal da carência de ácido fólico é a alta incidência de crianças
com malformações congênitas do sistema nervoso nascidas de mães que
foram carentes em ácido fólico no início da gravidez. Também está
aumentada a incidência de lábio leporino e fissura palatina nesta
situação. Estima-se que a administração preventiva de ácido fólico neste
período e durante toda a gestação, reduziria a incidência de
malformações congênitas em 70%. A falta de ácido fólico aumenta a
incidência de partos prematuros.
Um fator de risco está no fato de muitas
mulheres ignorarem que estão grávidas. É no início da gestação que a
suplementação de ácido fólico é importante.
A carência de ácido fólico é comum em
alcoólatras mal-alimentados, em desnutridos crônicos, em pessoas que não
consomem vegetais verdes, como espinafre, acelga, brócolis e nas
pessoas que se alimentam, principalmente, de comidas industrializadas. A
carência de ácido fólico, junto com a carência de vitamina B12, pode
levar as pessoas a sentirem vertigens, cansaço, perda de memória,
alucinações e fraqueza muscular.
Manifestações de excesso: Existem fortes
evidências de que altas doses de ácido fólico reduzem o risco de doenças
das coronárias e de câncer do intestino grosso. Mas essas evidências
não são definitivas e não se sabe quais seriam as doses recomendadas.
Existem estudos que sugerem que a administração
exagerada de ácido fólico durante a gravidez aumentaria a incidência de
abortos. Outros estudos negaram esta citação, pois o número de
gravidezes, entre as mulheres que receberam altas doses de ácido fólico e
que terminaram em aborto foi igual ao número de mulheres que receberam
doses normais de ácido fólico - em torno de 9,1%.
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