CARNITINA
Sinônimos: L-carnitina, vitamina B11.
Doses diárias recomendadas: a dose de 15
mg/dia, via oral, da levo-carnitina é bem tolerada pelo homem e não
mostra nenhum efeito colateral apreciável.
Principais fontes: carnes, peixes e laticínios.
Principais funções: a L-carnitina é importante
para a oxidação de ácidos graxos, para o metabolismo dos açúcares e
promove a eliminação de certos ácidos orgânicos. Atua no endotélio dos
vasos, reduzindo os níveis de triglicerídeos e colesterol. Age levando
as gorduras para dentro das células, produzindo energia, aumentando o
consumo de gorduras e, dessa forma, tendo uma função protetora do
fígado. Todas essas funções e qualidades da carnitina são discutíveis e
postas em dúvida, principalmente pelos vegetarianos.
Manifestações de carência: são raras e
encontradas principalmente em desarranjos metabólicos hereditários.
Cansaço, fraqueza muscular, confusão e manifestações cardíacas são os
sintomas mais freqüentes. Podem surgir lesões tubulares renais com
insuficiência renal.
Manifestações de carência de carnitina são
descritas em pacientes alimentados por via parenteral (na veia), mas são
facilmente corrigidas pela suplementação.
Nas doenças isquêmicas do coração e nas
miocardiopatias, a carnitina tem um papel importante, pois a energia do
músculo cardíaco vem em boa parte da oxidação de ácidos graxos.
BIOTINA
Doses diárias recomendadas: 100 a 200 microgramas.
Principais fontes: carnes, gema de ovos, leite, peixes e nozes. A biotina é estável ao cozimento.
Principais funções: função importante no metabolismo de açúcares e gorduras.
Manifestações de carência: muito raras e
praticamente só aparecem se houver destruição das bactérias intestinais,
administração de antimetabólicos da biotina e alimentação com clara de
ovo crua para que aconteça a carência de biotina. Nestes casos surgem
glossite atrófica, dores musculares, falta de apetite, flacidez,
dermatite e alterações do eletrocardiograma. Pessoas que se alimentam
por longo tempo somente de ovos crus têm apresentado estas
manifestações. Pessoas alimentadas por via parenteral também podem
apresentar sinais e sintomas de carência de biotina. As lesões da pele
caraterizam-se por dermatite esfoliativa severa e queda de cabelos que
são reversíveis com a administração de biotina.
Crianças com seborréia infantil e pessoas com defeitos genéticos são tratados com doses de 5 a 10 mg/dia de biotina.
Manifestações de excessos: grandes doses de biotina podem provocar diarréia.
COLINA
Sinônimos: Trimetiletanolamina. É semelhante à acetilcolina, tendo uma ação farmacológica semelhante, mas muito discreta.
Doses diárias recomendadas : 400 a 900 mg.
Principais fontes: gema de ovos, fígado e amendoim.
Funções: mobiliza as gorduras do fígado (ação
lipotrópica) e é importante na formação do neurotransmissor acetilcolina
além de agir com ativador de plaquetas (PAF). É ainda importante como
componente de fosfolipídeos. A colina é fornecedora de radicais metila,
essenciais para trocas metabólicas. Atua em combinação com a vitamina
B12.
Manifestações de carência: provoca acúmulo de
gorduras no fígado, cirrose, aumento na incidência de câncer de fígado,
lesões hemorrágicas dos rins e falta de coordenação motora.
BIOFLAVONÓIDES
Sinônimos: vitamina P, Rutina
Doses diárias recomendadas: não existem dados sobre isso.
Principais funções: proteger o endotélio
vascular das agressões dos radicais ácidos e também diminuir a
adesividade das plaquetas, diminuindo o risco da formação de trombos e
conseqüente obstrução de artérias que poderiam resultar em infartos.
Principais fontes: os vegetais e, nestes, são
encontrados, principalmente, nas cascas. Muito comentados são os
bioflavonóides do chocolate, dos vinhos, dos sucos de uvas e de outros
produtos derivados de plantas, mesmo os industrializados. As indústrias
jogam pesado na difusão desses conceitos que salientam o valor dessas
substâncias. Entretanto, do ponto de vista nutricional, as frutas contêm
muito mais flavonóides do que os produtos industrializados. Já a
produção do vinho, por ser uma fermentação anaeróbia conserva melhor os
flavonóides.
Manifestações de carência: não são descritas,
mas é admitido que a sua carência favoreceria o envelhecimento precoce,
onde sua falta não ofereceria o fator protetor às alterações
degenerativas vasculares. Na verdade, o retardo do envelhecimento, um
fato muito desejado, teoricamente apregoado, ainda foi não confirmado
por trabalhos científicos sérios de longo prazo. Vegetarianos e alguns
fetichistas alimentares abraçam essas idéias de benefícios com
veemência.
Manifestações de excesso: a administração
exagerada de flavonóides está associada a uma maior incidência de
leucemia nos recém nascidos de mães que receberam doses grandes de
flavonóides durante certos períodos da gestação. Existem no comércio
produtos que contém altas doses de flavonóides, e as mulheres em idade
fértil devem ser avisadas dos limites que devem obedecer na ingestão
desses produtos.
Em algumas pessoas, a ingestão de flavonóides
desencadeia dor de cabeça, a conhecida enxaqueca de alguns consumidores
de vinho. A dor de cabeça após ingestão exagerada, ou mesmo moderada, de
vinho, geralmente é atribuída por alguns ao álcool, por outros aos
vinhos de má-qualidade. Contudo, existem autores que afirmam serem os
flavonóides os responsáveis por essa manifestação desagradável.
A ingestão de chocolate em grande quantidade
não deixa de ter os seus inconvenientes, sendo um deles a obesidade. A
ingestão de vinho em doses exageradas também não é recomendada.
Resumindo, pequenas porções de chocolate e um
ou dois cálices (de 100 ml) de vinho, por dia, é considerado
recomendável. Se a intenção for a de suprir o organismo de flavonóides, o
melhor é consumir frutas e verduras frescas.
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